O governo federal deve anunciar nesta quarta-feira (16/10) a decisão sobre o possível retorno do horário de verão, medida avaliada como forma de reduzir o impacto da seca no consumo de energia elétrica. O horário de verão, que foi extinto em abril de 2019 durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), agora passa pela avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma possível reimplementação.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia confirmado que a decisão seria tomada nesta semana, pois, caso o governo opte pelo retorno ainda em 2024, a medida precisaria ser colocada em prática até o início de novembro. O ministro explicou que, após a assinatura do decreto, haveria um período de transição de 15 a 20 dias para que a mudança fosse implementada, e destacou que o horário de verão só seria retomado após o segundo turno das eleições municipais, marcado para 27 de outubro, a fim de evitar possíveis impactos logísticos no pleito.
Silveira ressaltou que a medida está sendo discutida com diferentes setores da economia para avaliar sua real necessidade em 2024. “Nós estamos tendo muito cuidado porque tem impacto na economia. Em alguns setores, positivos. Em outros, nem tanto. Então, nós não podemos simplesmente lançar a mão de uma política que vai mexer, literalmente, com a vida de todos os brasileiros, sem a completa necessidade do que eu chamo de imprescindibilidade”, afirmou o ministro.
Caso a medida não seja considerada essencial para este ano, o retorno do horário de verão pode ser adiado para 2025, dependendo de uma nova avaliação do governo.