Na tarde desta terça-feira, 10, o candidato a vereador de Palmas e presidente regional do PSB, Carlos Amastha, foi até a sede da Polícia Federal (PF) para denunciar um esquema de tentativa de compra de desistência de candidatos à Câmara Municipal. De acordo com Amastha, um homem estaria hospedado em um hotel da capital oferecendo dinheiro, vantagens e até ameaçando postulantes dos partidos PSB, Podemos (de Eduardo Siqueira Campos) e PSDB (de Júnior Geo), com o objetivo de convencê-los a desistirem de suas candidaturas.
Ofertas e ameaças
Amastha afirmou que os candidatos do PSB não se deixaram convencer pelas propostas, mas ressaltou a gravidade da situação: “Temos que acabar com isso, gente. Palmas não pode cair nas mãos de uma quadrilha”, declarou, indignado, em um vídeo gravado logo após tentar, sem sucesso, ser recebido pelo suspeito no hotel. Ele descreveu o episódio como “bandidagem”, e não política, denunciando a manobra como uma tentativa de corromper o processo eleitoral.
Ação da Polícia Federal
Após prestar depoimento à Polícia Federal por cerca de duas horas, Amastha relatou que os agentes se dirigiram ao hotel, mas não encontraram o suspeito. No entanto, os dados do homem foram obtidos e as imagens das câmeras de segurança serão analisadas como parte da investigação.
Em um segundo vídeo divulgado, o ex-prefeito de Palmas reforçou a importância de denunciar esses crimes eleitorais: “Palmas não está à venda, e a obrigação de todos é não calar. Tem que denunciar”, afirmou Amastha. Ele ainda incentivou outros a superarem o medo de represálias: “Vamos deixar nosso medo pra lá, porque medo é entregar a cidade para uma quadrilha”.
A denúncia de Carlos Amastha traz à tona preocupações sobre a integridade das eleições em Palmas, reforçando o papel da Polícia Federal na investigação de possíveis fraudes e atos de corrupção eleitoral.