A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 3ª Delegacia de Polícia de Palmas, concluiu o inquérito que investigava crimes cometidos por uma influenciadora digital, acusada de promover jogo de azar conhecido como “Jogo do Tigrinho” em suas redes sociais. A investigação revelou que a influenciadora movimentou cerca de R$ 10,4 milhões em um curto período, valores incompatíveis com sua renda declarada.
O delegado Elirio Putton Junior, titular da 3ª DP e responsável pelo caso, afirmou que a influenciadora utilizou suas redes sociais para incentivar a prática ilegal. “Após investigações, constatamos que os recursos não têm origem lícita, pois a ‘influencer’ não só promoveu o jogo de azar como também participou da lavagem de dinheiro proveniente dessa atividade ilícita”, explicou o delegado.
Acusações e Penalidades
A influenciadora foi indiciada por 258 práticas de lavagem de capitais, conforme o artigo 1º da Lei nº 9.613/98, além da contravenção penal de participação em jogos de azar, prevista no artigo 50, § 2º, do Decreto-Lei 3.688/41. Caso seja condenada, ela poderá enfrentar uma pena de até 40 anos de prisão.
Bloqueio de Bens e Contas
Em julho, as contas bancárias da influenciadora foram bloqueadas, com um montante de aproximadamente R$ 7 milhões retido. Agora, a Polícia Civil também solicitou o bloqueio de suas redes sociais, visando impedir a continuidade da prática criminosa.
O delegado Elirio Putton Junior destacou a importância da vigilância sobre crimes financeiros que ocorrem nas plataformas digitais. “Muitos crimes têm relação direta com o uso das redes sociais, e a Polícia Civil do Tocantins está atenta para que esses casos sejam devidamente punidos”, concluiu.
O caso já foi encaminhado ao Ministério Público para que as medidas legais sejam adotadas.