Em sete cidades do Tocantins, a eleição para prefeito está praticamente definida antes mesmo da abertura das urnas em outubro. Nas cidades de Abreulândia, Goianorte, Santa Maria do Tocantins, Santa Rita do Tocantins, Sucupira, Tupirama e Tupiratins, os candidatos não têm concorrentes, o que, na prática, já garante a vitória aos postulantes ao cargo máximo do Executivo municipal.
A legislação eleitoral brasileira não estabelece regras específicas para situações em que há apenas um candidato concorrendo ao Executivo. Também não há um número mínimo de votos exigidos para que o candidato seja eleito na ausência de adversários. Isso significa que, como votos brancos e nulos não são considerados na apuração, apenas um voto válido é necessário para que o candidato seja declarado vencedor. Na prática, basta que o próprio candidato vote em si para garantir sua eleição.
Porém, nem tudo é garantido. Mesmo em cenários de candidaturas únicas, há riscos que podem impedir a vitória, como o indeferimento do registro de candidatura por parte da Justiça Eleitoral, geralmente devido a irregularidades. Além disso, a candidatura pode ser cassada caso sejam cometidos ilícitos eleitorais. Outra possibilidade, embora rara, é a desistência voluntária do candidato.
Entre as cidades com candidaturas únicas, Santa Rita do Tocantins se destaca. Luciano Costa, de 42 anos, é o único candidato à prefeitura pelo PDT. Ele declarou ser policial civil no registro de sua candidatura e possui um patrimônio declarado de R$ 140 mil. A cidade, localizada a 151 km de Palmas, conta com 29 candidatos ao cargo de vereador, o maior número entre os municípios tocantinenses com candidatura única para prefeito.
Com esse cenário, os eleitores dessas cidades já sabem, com grande probabilidade, quem será o próximo prefeito, ainda que a campanha eleitoral siga até o dia da eleição. A expectativa agora se volta para a condução desses processos eleitorais e as estratégias que os candidatos irão adotar, mesmo sem concorrentes diretos.