Nos últimos dias a instabilidade política do município de Formoso do Araguaia voltou a ficar em evidência após o vai e vem do prefeito, Heno Rodrigues da Silva (UB), e do vice, Israel Borges Nunes (Republicanos), na gestão municipal.
Entenda o que está sendo analisado e quais desdobramentos colocaram prefeitura em crise, desde a cassação da chapa em 2021, por suspeita de caixa dois, e que foi revogada pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Vereadores pedem impeachment
A Câmara de Vereadores decidiu cassar os mandatos do prefeito e do vice-prefeito na terça-feira (7). Eles foram julgados por infrações político-administrativas e crimes de responsabilidade no âmbito de contrato do transporte escolar.
O pedido de impeachment surgiu a partir dos indícios investigados pela Polícia Federal durante a operação Rota Dubai. Na mesma sessão legislativa, o presidente da Câmara de Vereadores, Felipe Souza Oliveira (PRTB), assumiu a prefeitura da cidade.
A votação foi pelo placar de 10 x 1, à favor da cassação dos dois. Em nota divulgada a imprensa, Heno Rodrigues disse que recebeu com serenidade e fé a notícia da tentativa de cassação e que a população, a democracia e o princípio da ampla defesa sofrem um duro golpe com a decisão. (Veja nota completa abaixo)
A defesa do vice-prefeito preferiu não se pronunciar sobre o impeachment.
Vice-prefeito retorna ao cargo
Na quarta-feira (8), menos de 24 horas após ter o mandato cassado pela Câmara de Vereadores, o vice-prefeito conseguiu uma decisão liminar para retornar ao cargo. Israel Borges recorreu à 1ª Escrivania Cível de Formoso do Araguaia em uma ação anulatória com pedido de liminar.
Ele argumentou que oficialmente não substituiu o prefeito em qualquer momento do mandato, não tendo cometido infração político-administrativa que possa justificar sua cassação. O pedido foi acatado pelo juiz Valdemir Braga de Aquino Mendonça.
Uma sessão extraordinária foi convocada para que Israel Borges tomasse posse novamente, mas a maioria dos vereadores não compareceu.