Neste domingo, 27, uma operação da Polícia Militar do Tocantins (PMTO), com apoio das Polícias Militares da Bahia e de Pernambuco, desmantelou uma quadrilha internacional de contrabando de cigarros, levando ao fechamento de uma fábrica clandestina no município de Dianópolis, no sudeste do Tocantins. A ação resultou na apreensão de mais de 12 toneladas de cigarros prontos para venda, 27 toneladas de tabaco e outros insumos utilizados na produção ilegal.
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A operação contou com equipes do 11º Batalhão da PM, Força Tática, Patrulha Rural, Grupamento Aéreo (GRAER) e o Batalhão de Polícia Militar Rodoviário e Divisas (BPMRED), que localizaram um galpão clandestino nas margens de um canal em Dianópolis. Com apoio de drones, foram identificados dois galpões que abrigavam uma linha de produção de cigarros em larga escala.
Desdobramentos da Operação
Após informações compartilhadas pela CIPE Chapada, da PM da Bahia, e pela PM de Pernambuco sobre o transporte de carga ilegal de cigarros, as equipes da PMTO localizaram uma casa abandonada em Dianópolis. Com o auxílio de drones, o GRAER avistou dois galpões onde os policiais encontraram 815 caixas de cigarros, 25 toneladas de tabaco in natura, filtros, e bobinas de papel, totalizando cerca de 12 toneladas de insumos. A estrutura de produção, que operava sem qualquer tipo de licença, fabricava 5 mil maços de cigarro diariamente, estimando-se uma produção mensal de 1 milhão de cigarros.
Durante a abordagem, dois criminosos fugiram e, ao serem identificados, atiraram contra os policiais, resultando em um confronto que deixou ambos feridos e, apesar dos atendimentos do Corpo de Bombeiros, não resistiram. Um terceiro suspeito foi preso e confessou ser o responsável pelo fornecimento de suprimentos para os trabalhadores, revelando que o local contava com 18 paraguaios na linha de produção e que ele e os outros dois homens gerenciavam a operação.
Material Apreendido
- 815 caixas (40.750 maços) de cigarros prontos, totalizando 12,3 toneladas;
- 25 toneladas de tabaco in natura;
- 126 caixas de filtros de cigarro (2,5 toneladas);
- 12 torres de bobinas de papel (12 toneladas);
- Equipamentos e maquinários para fabricação de cigarros, incluindo um caminhão-baú e armas de fogo.
Os produtos exibiam marcas populares no mercado paraguaio, como “Meridian,” “Holland Jeck,” “Classis,” e “Zen,” e a contabilidade era registrada em castelhano, evidenciando a conexão da quadrilha com o Paraguai. A produção ocorria em condições insalubres e precárias, configurando trabalho análogo à escravidão.
Posicionamento da Polícia Militar e Ações Finais
O Comandante-Geral da Polícia Militar do Tocantins, coronel Márcio Antônio Barbosa, destacou a eficácia da operação: “Essa operação é um marco na luta contra o crime organizado. Graças ao trabalho incansável das nossas equipes e ao suporte das Polícias Militares da Bahia e de Pernambuco, conseguimos desmantelar uma quadrilha internacional e evitar prejuízos econômicos e riscos à saúde pública.”
A Polícia Federal (PF) foi acionada para dar continuidade aos procedimentos de investigação relacionados ao contrabando e condições de trabalho encontradas no local. Segundo a PF, os produtos e maquinários apreendidos serão submetidos a perícia, e o preso permanecerá à disposição da Justiça.
A operação reafirma o compromisso da PMTO com a segurança e a justiça, evidenciando a importância da cooperação entre as forças de segurança para combater crimes que ultrapassam fronteiras.