Na madrugada deste sábado (19), o corpo de Maria Rosália Gonçalves Mendes, de 26 anos, foi retirado do túmulo e queimado no cemitério municipal de Itambé, município localizado a cerca de 50 km de João Pessoa (PB), na divisa entre os estados de Pernambuco e Paraíba.
Maria Rosália ficou conhecida após cometer um crime bárbaro em João Pessoa, no qual matou e decapitou o próprio filho, Miguel Ryan, de apenas 6 anos, no dia 20 de setembro. O corpo do menino foi sepultado no cemitério de Pedras de Fogo, cidade paraibana vizinha de Itambé, um dia após o crime.
A mulher morreu 28 dias depois de cometer o assassinato, devido a uma infecção generalizada. Ela havia sido socorrida e internada no Hospital de Trauma de João Pessoa, após ser contida por policiais militares no dia do crime, precisando ser alvejada a tiros para interromper seu ataque. O caso gerou comoção nacional, com o público chocando-se com a brutalidade e a tragédia familiar envolvida.
Segundo relatos, pessoas ainda não identificadas invadiram o cemitério de Itambé na madrugada deste sábado, violaram a sepultura de Maria Rosália e atearam fogo em seu corpo. A motivação do ato ainda está sendo investigada pelas autoridades locais. Testemunhas afirmam que ouviram movimentação no cemitério, mas não conseguiram identificar os responsáveis.
A polícia civil de Pernambuco está à frente das investigações e trata o caso como profanação de cadáver, crime que pode resultar em até três anos de prisão. “Estamos reunindo todas as evidências e trabalhando para identificar os responsáveis por essa ação. A violência no ato demonstra uma indignação popular pelo crime, mas é inaceitável que uma situação como essa aconteça”, afirmou o delegado responsável pelo caso.
O crime cometido por Maria Rosália gerou grande comoção e revolta nas cidades de João Pessoa e Pedras de Fogo, onde a família do menino reside. No entanto, as autoridades reforçam a necessidade de respeitar o processo legal e o descanso dos mortos, mesmo em situações de extrema tragédia.
A investigação segue em curso, e o cemitério de Itambé deve reforçar a segurança para evitar novos incidentes.