O juiz José Eustáquio de Melo Júnior, da 2ª Vara da Comarca de Cristalândia, determinou que um estudante de 24 anos, acusado de liderar uma organização criminosa na cidade, seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri. O jovem foi denunciado pelo Ministério Público por envolvimento no assassinato de João Vitor Alves Negrão, ocorrido em 24 de agosto de 2022.
De acordo com a sentença de pronúncia, que encaminha o caso para julgamento popular, o crime aconteceu em frente à casa da vítima. João Vitor foi surpreendido pelo acusado e um grupo de aliados, incluindo um adolescente de 16 anos, todos armados. Segundo o processo, o homicídio ocorreu em meio a uma disputa entre facções criminosas. O grupo decidiu matar João Vitor após ele ter escrito o nome de uma facção rival no muro de sua residência.
Conforme os relatos no processo, os criminosos usavam máscaras no momento do ataque, cercaram a vítima, e o acusado efetuou os primeiros disparos. João Vitor tentou fugir, mas foi alcançado, sofrendo novos tiros e agressões até sua morte.
Depoimentos e provas
A decisão do juiz José Eustáquio Melo Júnior baseou-se em seis depoimentos colhidos durante a investigação, que indicam o acusado como o autor do crime. As testemunhas relataram que o réu vigiou a casa da vítima antes do ataque. “Há indícios suficientes de autoria do fato supostamente praticado pelo acusado, com base nas provas indicadas acima e nos depoimentos prestados em Juízo”, afirmou o magistrado.
Prisão preventiva mantida
O juiz também manteve a prisão preventiva do acusado, negando-lhe o direito de recorrer em liberdade. A decisão destacou o risco de fuga e a necessidade de preservar a ordem pública. O réu permanece preso na Unidade Prisional Barra da Grota, em Araguaína.
O estudante ainda pode recorrer da decisão de pronúncia ao Tribunal de Justiça. Caso o recurso não seja acatado, ele enfrentará o Tribunal do Júri, onde será julgado pelo homicídio de João Vitor Alves Negrão, ocorrido em um cenário de rivalidade entre facções criminosas na região sudoeste do Tocantins.