Um preá, pequeno roedor nativo da fauna brasileira, foi resgatado de um incêndio florestal em Paraíso do Tocantins, na última segunda-feira (9), com queimaduras no rosto e nas patas. O animal, que conseguiu escapar do fogo, foi encontrado por Jacks Santos Silva, de 30 anos, vendedor em uma loja de peças automotivas, que prestou os primeiros socorros e compartilhou o momento nas redes sociais.
“Vimos o fogo e saímos na porta da loja para olhar. Eu vi ele correndo, saindo do meio do fogo para o asfalto em busca de refúgio. Coloquei em outra área mais tranquila e busquei água para ele. Estava com os olhos queimados, o focinho e as patas”, relatou Jacks. A cena comoveu os internautas, que reagiram com tristeza à situação do animal. “Que tristeza meu Deus, os animais pagam pelos erros dos humanos”, comentou uma mulher. Outro internauta escreveu: “Dói o coração só de ver isso.”
O incêndio ocorreu em frente à loja de Jacks, no setor Interlagos, por volta das 10h30 da manhã. O Corpo de Bombeiros foi acionado e, com o apoio de brigadistas, conseguiu controlar as chamas, que não chegaram a atingir nenhuma residência. Apesar disso, o fogo devastou uma área de vegetação seca próxima a casas e com grande acúmulo de lixo e folhas.
Além do preá resgatado por Jacks, os bombeiros também salvaram uma cutia, outro roedor silvestre, que também estava com queimaduras nas patas. Ambos os animais foram entregues ao Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), onde receberão tratamento adequado.
As autoridades não identificaram indícios de crime no incêndio, mas destacaram que as condições climáticas atuais no Tocantins, como a intensa estiagem, baixa umidade do ar e temperaturas elevadas, têm favorecido o aumento das queimadas na região. Por conta disso, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) decretou situação de emergência no estado, medida que ficará em vigor por 180 dias para combater e prevenir novos incêndios florestais.
O vídeo do preá recebendo água rapidamente viralizou, gerando uma onda de solidariedade e alertando para a necessidade de preservar a fauna e a flora locais, especialmente durante o período crítico de queimadas.