O período de estiagem está fazendo com que lagos na Ilha do Bananal sequem, causando a morte de espécies de peixes. Diante do problema, brigadistas e indígenas se juntaram em uma força-tarefa para resgatar os que ainda estão resistindo. A maioria é pirarucu, os peixes agonizavam em poças de água tentando sobreviver à seca.
O resgate começou na terça-feira (3) e continuou nesta quarta-feira (4). Em imagens feitas por indígenas da região, é possível muita lama e algumas poças de água onde antes viviam os peixes. Alguns pirarucus aparecem mortos em meio ao lamaçal. A espécie serve de base para o sustento das comunidades na maior ilha de água doce do mundo.
Um grupo de brigadistas do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta salvar um a um durante ação no lago Bananal, interior da terra indígena em Formoso do Araguaia.
Já são seis meses sem chuva, com a vegetação sendo castigada pela seca e pelo fogo. Até um veado foi flagrado com dificuldade ao caminhar pela lama enquanto procurado água e comida. A região que é considerada uma das áreas úmidas mais importantes do planeta, e agora está com carcaças de animais por todos os lados.
Um tanque foi improvisado na carroceria de uma caminhonete para transportar os animais até o rio mais próximo que são secou. Cada pirarucu pesa até 15 quilos. Depois de resgatados, eles são soltos para se adaptar ao novo espaço.
Por Patricia Lauris, Ana Paula Rehbein | G1 Tocantins