Nesta sexta-feira, 30 de agosto, completam-se seis anos da morte do então prefeito de Miracema do Tocantins, Moisés Costa, conhecido como Moisés da Sercon. O crime, que chocou a cidade e a região, permanece sem elucidação, gerando uma angústia contínua para a família e a comunidade. Apesar das investigações conduzidas por diversas equipes da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso continua envolto em mistério.
Fidel Costa, irmão de Moisés, expressa a dor e a frustração que a família tem enfrentado durante todo esse período. “A luta continua, e a angústia e a tristeza ainda nos acompanham,” afirma Fidel, que relembra como a investigação foi marcada por afastamentos de delegados e investigadores, além de uma sensação de abandono e impotência. “Moisés foi o prefeito mais bem votado, proporcionalmente, do Brasil. Vivia um excelente momento na gestão da cidade, sem inimigos ou desavenças. Ele era da paz,” destaca.
Fidel também compartilha como a morte de Moisés impactou profundamente a cidade de Miracema, que vive à sombra de um crime cruel e covarde que nunca foi esclarecido. “Além dos irmãos, sobrinhos, tios, primos, parentes, amigos, a população também anseia por respostas. Sabemos que isso não trará o Moisés de volta, mas aliviará nosso coração. Quem mandou matar o Moisés? Por quê? Queremos justiça,” clama Fidel.
Apesar dos esforços, a família ainda enfrenta barreiras no acesso às informações do inquérito. Recentemente, após várias insistências, eles conseguiram, junto ao Tribunal de Justiça, acesso ao inquérito, mas as informações continuam limitadas. “É um mistério. De acordo com a própria perícia, o crime foi praticado por alguém que entende de investigação e até de perícia,” relatou Fidel. Ele ainda enfatiza que a federalização do caso foi solicitada no ano passado, com um pedido de deslocamento de competência, e acredita que o caso ainda será elucidado.
Relembre o Caso
O prefeito Moisés da Sercon foi encontrado morto no dia 30 de agosto de 2018. Seu corpo estava dentro de sua caminhonete, ao lado de um revólver calibre 38, e apresentava uma marca de tiro no ouvido. O veículo estava numa estrada vicinal que liga Miranorte a Rio dos Bois.
Na época, a Polícia Civil montou uma força-tarefa para investigar o crime, mas, até hoje, o mistério permanece, e a justiça que a família e a comunidade de Miracema esperam ainda não foi alcançada.