Nesta sexta-feira (23), a Polícia Federal iniciou uma grande operação para investigar um suposto esquema de venda de sentenças no Judiciário do Tocantins. A investigação, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), tem como alvos principais magistrados e servidores da Justiça.
A operação, denominada “Máximus”, conta com dois mandados de prisão preventiva e 60 ordens de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em diversos estados, incluindo Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e o Distrito Federal.
Além das prisões e buscas, foram determinadas várias medidas cautelares, como o afastamento de cargos públicos dos envolvidos, o sequestro e a indisponibilidade de bens, direitos e valores. Essas medidas visam impedir que os suspeitos continuem exercendo influência ou se beneficiando do esquema enquanto a investigação prossegue.
A investigação apura crimes graves, incluindo corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo informações preliminares, o esquema envolvia a manipulação de decisões judiciais em troca de vantagens financeiras, comprometendo a integridade e a imparcialidade do sistema judiciário.
O nome “Operação Máximus” faz alusão ao personagem principal do filme “Gladiador”, que simboliza a luta contra a corrupção no poder romano, refletindo a intenção da operação de combater práticas ilícitas dentro das altas esferas do Judiciário.
Essa operação marca um momento significativo na luta contra a corrupção no Tocantins e pode ter desdobramentos importantes para o sistema de Justiça no Brasil. A Polícia Federal e o STJ continuam as investigações, e novos desdobramentos são esperados nos próximos dias.