quinta-feira , 16 outubro 2025
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Justiça nega liberdade a padrasto suspeito de estuprar e matar jovem indígena grávida em Formoso do Araguaia

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Justiça nega liberdade a padrasto suspeito de estuprar e matar jovem indígena grávida em Formoso do Araguaia
Kurania Karajá é suspeito dos feminicídios da jovem Harenaki e da mãe dela / Foto: Divulgação

Juiz Valdemir Braga de Aquino negou pedido de revogação da prisão de Kurania Karajá, conhecido como “Cachoeira”, acusado de violentar e matar Harenaki Javaé, de 18 anos, em Formoso do Araguaia.

O juiz Valdemir Braga de Aquino Mendonça, da 1ª Escrivania Criminal de Formoso do Araguaia, indeferiu o pedido de revogação da prisão temporária de Kurania Karajá, conhecido como Cachoeira, de 65 anos. Ele é investigado pelos crimes de estupro e homicídio qualificado da jovem indígena Harenaki Javaé, de 18 anos, encontrada morta e parcialmente carbonizada na Aldeia Canuanã, localizada na Ilha do Bananal.

A decisão foi assinada na última sexta-feira (10), e seguiu o parecer do Ministério Público do Tocantins (MPTO), que também se manifestou contra a libertação do investigado. A defesa havia alegado falta de indícios suficientes de autoria e desnecessidade da prisão, mas os argumentos não foram aceitos pela Justiça.

Em sua decisão, o magistrado destacou que a manutenção da prisão é essencial para a segurança das investigações, diante da gravidade dos fatos e do medo relatado por moradores da aldeia em relação ao suspeito.

“A decisão que decretou a prisão temporária não foi proferida de forma genérica. A necessidade da medida foi devidamente fundamentada, assegurando a coleta de provas que possam esclarecer as circunstâncias do crime ou implicar outros envolvidos”, escreveu o juiz.

O magistrado também entendeu que medidas cautelares alternativas — como as previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal — não seriam suficientes neste momento para garantir o andamento seguro da investigação.

Com isso, a prisão temporária de Kurania Karajá permanece válida, conforme determinado em setembro, durante o curso do inquérito conduzido pela Polícia Civil.

O caso

O crime chocou a comunidade da Ilha do Bananal. Harenaki Javaé, de 18 anos, foi encontrada morta no início de setembro, durante um festejo tradicional. O corpo da jovem apresentava sinais de extrema violência sexual, incluindo olhos perfurados, língua cortada, unhas arrancadas e partes carbonizadas.

Exames confirmaram que a vítima, que tinha deficiência intelectual e era acompanhada por instituições de saúde, estava grávida no momento do crime.

Kurania Karajá, padrasto da vítima, foi preso em uma ação conjunta das equipes da 3ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Gurupi e da 84ª Delegacia de Polícia de Formoso do Araguaia.

Além de ser o principal suspeito pela morte de Harenaki, ele também é investigado pelo assassinato da mãe da jovem, ocorrido em 2022, em circunstâncias violentas e ainda sob apuração.

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