Desde a prisão e o afastamento do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), no âmbito da Operação Sisamnes, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), mantém absoluto silêncio sobre o caso, mesmo com a autorização do retorno do gestor ao cargo nesta quinta-feira (17), por decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao contrário de outras lideranças políticas que se manifestaram de forma pública e contundente em defesa de Eduardo — como os senadores Dorinha Seabra (UB), Irajá Abreu (PSD) e Eduardo Gomes (PL), além do vice-governador Laurez Moreira (PDT) — o chefe do Executivo estadual preferiu não emitir nota oficial nem comentar a decisão judicial.
A postura reservada do governador chama atenção, sobretudo porque ele é citado como investigado nas operações Fames-19 e Maximus — investigações anteriores que deram origem à Sisamnes. A condição de investigado, ainda que não tenha resultado em acusações formais, pode justificar a cautela de Wanderlei em meio a um cenário político e jurídico delicado.
Nos bastidores, a avaliação é de que qualquer posicionamento mais explícito poderia comprometer sua própria situação ou ser interpretado como tentativa de interferência em processos que envolvem diretamente a Prefeitura da capital.
Enquanto isso, o retorno de Eduardo ao Paço Municipal recoloca as peças no tabuleiro político de Palmas e reacende discussões sobre os próximos passos da gestão — e da sucessão municipal em 2024.
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