O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (16) a Pesquisa de Estatísticas do Registro Civil 2023, revelando um retrato detalhado dos eventos vitais nos municípios brasileiros. Em Lagoa da Confusão, no estado do Tocantins, os dados refletem a realidade demográfica da cidade ao longo do ano passado.
Com população estimada em 16.312 habitantes, o município registrou 197 nascimentos, número que contribui para o crescimento populacional da cidade. O dado acompanha uma tendência estadual, já que o Tocantins apresentou o maior crescimento percentual de nascimentos do país, com aumento de 3,4% em relação a 2022.
Ainda em Lagoa da Confusão, 50 casamentos foram celebrados em 2023. Todos os registros foram entre casais de sexo diferente; nenhuma união homoafetiva foi oficializada no município no período. Em relação à dissolução das uniões, a cidade contabilizou 7 divórcios, o que representa uma taxa relativamente baixa em comparação com os números estaduais.
Já o número de óbitos no município foi de 69 registros, representando uma taxa de mortalidade proporcionalmente inferior à média estadual. Esses dados são essenciais para traçar um panorama de saúde pública e orientar estratégias de prevenção e assistência à população local.
Panorama estadual
No contexto estadual, o Tocantins registrou 22.959 nascimentos em 2023. Quase 27% deles ocorreram entre os meses de março e maio. Em relação ao sexo dos nascidos, 11.867 eram meninos e 11.081 meninas. A maior parte das mães (51%) tinha entre 20 e 29 anos.
O estado também registrou 7.306 casamentos, com aumento significativo nas uniões homoafetivas — especialmente entre homens, que passaram de 2 para 16 casamentos, um crescimento de 700%.
Houve ainda 3.411 divórcios, com destaque para o crescimento da guarda compartilhada, que superou pela primeira vez a guarda exclusivamente materna. O regime de bens mais comum entre os casais que se divorciaram foi o de comunhão parcial de bens (92,7%).
Em relação aos óbitos, o Tocantins teve 8.545 mortes registradas, uma queda de 5,4% em relação ao ano anterior. No entanto, chama atenção o fato de o estado ter a segunda maior proporção de mortes por causas externas do Brasil, com 12,6% dos casos.
Desafios persistem
Apesar dos avanços, o IBGE ressalta que o sub-registro de nascimentos e óbitos ainda é uma realidade preocupante no Tocantins. O sub-registro de nascimentos chegou a 1,66%, e o de óbitos a 5,76%. Entre crianças de 1 a 4 anos, esse índice foi alarmante, atingindo 13,7%.
O levantamento reforça a importância da ampliação da cobertura dos registros civis e estatísticas vitais, essenciais para garantir cidadania, acesso a políticas públicas e planejamento governamental eficaz.
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