Guilherme da Silva Guimarães, 20 anos, está sendo procurado pela Polícia Civil do Tocantins. Contra ele há um mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Cível de Augustinópolis, após acolher a representação da 12ª Delegacia de Polícia de Augustinópolis que investiga o envolvimento de Guilherme em crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. Quem souber de informações sobre seu paradeiro pode acionar a 12ª DP por meio do telefone (63) 3456-1466 (WhatsApp). O anonimato é garantido.
- Siga a página Eu ❤️ Lagoa no instagram e fique por dentro de tudo que acontece em Lagoa da Confusão e região.
- Entre no nosso grupo do Whatsapp e fique sempre bem informado.
Na decisão, o juízo destacou que a decretação da prisão preventiva se dá em razão de sua prática criminosa habitual, evitando assim, que ele possa fazer novas vítimas. “As investigações revelam que Guilherme Guimarães, além do crime de estelionato apurado neste caso, já praticou outros golpes com modus operandi semelhante, demonstrando um perfil de criminoso habitual. O uso de ferramentas tecnológicas, plataformas digitais e transações internacionais para lavar dinheiro, além de sua expertise em fraudes financeiras, evidenciam que sua liberdade representa um risco concreto à sociedade, não apenas pela gravidade das infrações, mas pela sofisticação e recorrência de sua atuação criminosa.”
Outro ponto destacado na decisão é quanto a possibilidade de o suspeito destruir provas e intimidar testemunhas. “A liberdade de Guilherme da Silva Guimarães representa risco real e concreto à sociedade, além de poder inviabilizar a apuração dos fatos e comprometer a aplicação da justiça.”
Investigação
A investigação iniciou-se em julho deste ano, após Guilherme, por meios fraudulentos, induzir uma vítima, em erro, a realizar o pagamento de boleto bancário de mais de R$15,6 mil. Ao perceber que caiu em golpe, a vítima procurou a 12ª DP e registrou a ocorrência.
“A vítima acreditou que estava pagando seu seguro veicular, mas na verdade, o investigado falsificou o boleto bancário, vinculando o mesmo a uma agência bancária, para dar caráter de legalidade à transação. O dinheiro pago caiu em na conta de uma empresa facilitadora, e posteriormente, os valores foram convertidos em dólar e transferidos para fora do país, mais precisamente para uma empresa sediada em Wilmington (Delaware, nos Estados Unidos)”, informou o delegado Jacson Wutke, responsável pela investigação.
Após essa transferência, Guilherme procedeu o “reembolso” desses valores para sua conta pessoal. “Ou seja, com a referida transação, Guilherme recebeu definitivamente o valor da vantagem ilícita em sua conta bancária, com uma aparente ‘legalidade’ aos olhos da lei, como se fosse um pagamento rotineiro feito pela empresa internacional. Desta forma, é possível verificar que Guilherme efetivamente ludibriou a vítima, obtendo e usufruindo diretamente dos valores obtidos com o golpe, pois atuou diretamente em cada etapa da empreitada criminosa em investigação”, frisou o delegado.
Ainda durante o trabalho investigativo, restou apurado indícios de que Guilherme já praticou outros golpes semelhantes, uma vez que foram encontrados dos diversos boletos bancários falsificados encontrados no mesmo endereço eletrônico utilizado no golpe cometido contra a vítima de Augustinópolis. Também foi constatada movimentações em sua conta bancária, envolvendo duas dezenas de fintechs e facilitadoras de pagamento.
“Aparentemente, ele atua sozinho, mas dada a sofisticação das transações feita por ele, pode ser que estejamos diante de algo maior. Por isso, contamos com o apoio da sociedade para que nos auxilie a encontrá-lo e evitar que mais pessoas sejam lesadas por ele”, conclui.