São Paulo, 29 de outubro – Uma mulher identificada apenas como Gleisciane, de 43 anos, foi encontrada na última segunda-feira (28) na Rua dos Protestantes, no bairro República, região central de São Paulo, em uma área conhecida como Cracolândia. A localização da vítima só foi possível após câmeras de reconhecimento facial identificarem seu rosto, com base em uma foto do boletim de ocorrência registrado por familiares.
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Gleisciane, natural de Coari, no Amazonas, estava desaparecida há 48 dias. Usuária de drogas, ela havia saído de uma clínica de reabilitação em São Paulo pouco antes de sumir, sem notificação aos familiares. A ex-modelo tinha o sonho de ser miss de seu estado natal e chegou a participar de concursos de beleza nos anos 1990. No entanto, não seguiu carreira e decidiu abrir um pequeno comércio de roupas em Coari, onde trabalhou por anos.
Contudo, sua vida tomou um rumo diferente quando ela começou a enfrentar problemas com o uso de drogas. A família relata que Gleisciane tentou diversas formas de tratamento no Amazonas e, sem sucesso, decidiu tentar uma nova vida em São Paulo, para onde se mudou acompanhada pela irmã. Foi então internada na clínica Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas, mas acabou deixando a instituição apenas dois dias depois de sua admissão, sem que o estabelecimento informasse seus parentes.
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) foi acionada para localizar Gleisciane após a tecnologia de reconhecimento facial confirmar sua identidade. Segundo os agentes, ela estava desorientada e foi encaminhada para atendimento social e médico. A família, aliviada, reforçou que deseja ajudá-la a retomar a busca pela reabilitação e apoio necessário para enfrentar o vício.
O caso levanta questões sobre o sistema de notificação das clínicas de reabilitação e a importância de tecnologias de reconhecimento facial em investigações de desaparecimento. A família de Gleisciane busca entender as circunstâncias de sua saída da clínica, enquanto especialistas reforçam a necessidade de protocolos rigorosos para a segurança dos internos e apoio contínuo para famílias que enfrentam a dura realidade da dependência.