Ana Maria Rezende dos Santos, de 57 anos, era pastora e morreu após sua casa pegar fogo — Foto: Arquivo Pessoal
Ana Maria Rezende dos Santos, pastora de 57 anos, conhecida por seu trabalho social com famílias carentes e pela doação de alimentos, faleceu tragicamente em um incêndio em sua residência, na tarde desta terça-feira (22). O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas ao chegar ao local, na quadra 407 Norte, encontrou Ana Maria já sem vida, com queimaduras de 3º grau, a cerca de um metro da porta de saída.
A nora de Ana Maria, Cristina Noleto, emocionada, relembra com carinho o papel da pastora em sua vida e na de sua família. “Ela era uma pessoa maravilhosa, prestativa, ajudava todos, uma mãezona. Foi uma mulher guerreira, lutadora, cuidou de todos nós”, disse, enquanto ainda tentava processar a perda repentina.
Ana Maria vivia com uma neta de 10 anos, que estava na escola no momento do incidente. Na manhã do mesmo dia, a pastora havia passado tempo com seus filhos e netos, em um momento de convivência familiar que seria a última lembrança feliz para os entes queridos.
“Ficamos sem acreditar. Meu marido esteve com ela de manhã, foi comprar carne para ela fazer almoço. Depois do almoço, ele levou as meninas para a escola e aí a gente saiu para trabalhar. Quando foi de tarde aconteceu o que aconteceu”, contou Cristina.
O incêndio, segundo o Corpo de Bombeiros, consumiu toda a sala e parte da cozinha, além de atingir um ar-condicionado. Embora a porta da cozinha estivesse destrancada, não se sabe por que Ana Maria não conseguiu fugir por essa saída. A perícia foi acionada e vai investigar as causas do incêndio.
Ana Maria era pastora desde 2006, mas havia se afastado recentemente de seu ministério na igreja Águas Cristalinas Pentecostal para tratar problemas de saúde. Mesmo assim, ela continuava ativa em projetos sociais voltados para famílias e casais.
O corpo de Ana Maria foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) e será sepultado em uma cerimônia simples, sem velório, nesta quarta-feira (23), em Palmas.
Para os familiares e amigos, a dor da perda ainda é difícil de compreender. “A gente viu algumas coisas dentro da casa que mostram que ela estava tentando se salvar, fazer alguma coisa, mas infelizmente não conseguiu sair da casa devido à porta estar trancada”, explicou o tenente Agnaldo Silveira, que liderou o combate ao incêndio.
A comunidade de Palmas se despede de Ana Maria com saudades e reverência pela mulher generosa e dedicada ao próximo que ela foi em vida.