O julgamento de Cleilson Martins de Sousa, acusado de matar Daiane Borges dos Santos a facadas e pedradas, ocorreu nesta terça-feira (22) em Porto Nacional. O crime, que chocou a cidade de Silvanópolis em 2023, resultou na condenação de Cleilson a 14 anos de prisão por feminicídio.
A irmã da vítima, Elenise Ferreira dos Santos, que desde o crime buscava justiça, expressou alívio com a sentença. “Nossa família, nossos amigos e o estado todo esperavam que fosse feita justiça para mantê-lo longe de outras mulheres. A crueldade dele deixou claro o perigo que representa. Sabemos que nada trará nossa amada irmã de volta, mas só de saber que ele não pode mais ameaçar ou matar outra pessoa já nos dá um pouco de paz”, declarou.
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O crime completou um ano no dia 3 de setembro. Segundo a família, Cleilson não aceitava o fim do relacionamento com Daiane. A irmã relatou o impacto devastador que o assassinato teve, especialmente na filha da vítima, que tinha 10 anos na época e presenciou toda a violência. “Estamos sofrendo muito. Nossa mãe e os filhos estão depressivos, e a menina, que viu tudo, está sob acompanhamento médico e psicológico”, contou Elenise.
Daiane era descrita como uma mulher guerreira e amada por todos ao seu redor. “Ela era uma mãe dedicada, uma filha amorosa e muito querida”, lembrou a irmã.
Testemunhas afirmaram à Polícia Militar que o casal estava em uma distribuidora no dia do crime, onde começou uma discussão. Mais tarde, vizinhos ouviram os sons das agressões dentro da casa, até que Daiane saiu correndo, mas foi brutalmente assassinada com facadas e pedradas em frente ao imóvel.
Cleilson teria tentado tirar a própria vida após o crime, mas foi socorrido e levado ao hospital, permanecendo sob custódia da Polícia Civil. Segundo a família, ele já respondia em liberdade por outro homicídio, cometido em janeiro de 2022, também em Silvanópolis. Esse histórico de violência aumentava o medo da irmã de Daiane, que temia por mais mortes caso ele fosse liberado novamente.
“Estávamos com medo porque ele já tinha matado outra pessoa e falava que tinha três nomes em sua lista para matar”, revelou Elenise.
A defesa de Cleilson Martins de Sousa foi procurada, mas não respondeu até o fechamento da matéria.