Pelo quinto mês consecutivo, o Estado do Tocantins apresenta queda nos índices de desmatamento no Cerrado, de acordo com dados do sistema de alerta Deter/Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Até agosto de 2024, o desmatamento acumulado caiu 14,79% em comparação com o mesmo período de 2023, passando de 853,29 km² de área desmatada para 727,09 km². Em agosto deste ano, a perda florestal foi a menor registrada, totalizando 84,84 km².
A redução no desmatamento no mês de agosto foi de 10% em relação ao mesmo mês de 2023. No Bioma Amazônico, que também abrange parte do estado, a queda foi de 12,96%, com 3,29 km² de áreas desmatadas em 2024 contra 3,78 km² no ano anterior. Considerando ambos os biomas, Cerrado e Amazônia, o Tocantins registrou uma queda de 14,78% no desmatamento acumulado nos últimos cinco meses e de 11,32% apenas em agosto.
O secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcello Lelis, atribui essa queda ao esforço conjunto do Governo do Tocantins, que implementou a Estratégia de Combate ao Desmatamento Ilegal em junho de 2024. “Essa estratégia trouxe melhorias no monitoramento e na fiscalização em todo o estado, o que contribuiu para os resultados positivos”, explicou.
Outro fator mencionado pelo secretário foi o Pacto Pelo Desmatamento Ilegal Zero no Tocantins, firmado em novembro de 2023 com a participação de doze organizações do setor agropecuário. “Essa parceria entre governo e entidades do setor produtivo foi fundamental para alcançarmos essas reduções”, destacou Lelis.
A criação do Grupo de Trabalho para Orientação das Ações de Combate ao Desmatamento, composto pela Semarh, Naturatins, Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), Ministério Público Estadual (MPE) e IBAMA, também foi apontada como um fator determinante no combate ao desmatamento ilegal.
Os dados foram levantados pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), com base nas informações do sistema de alerta Deter/Inpe. As ações conjuntas de monitoramento e fiscalização, somadas às parcerias com o setor produtivo, têm sido determinantes para frear o avanço do desmatamento no estado.