Embora as mulheres sejam as únicas a possuir um órgão exclusivamente voltado para o prazer sexual – o clitóris – a realidade na cama nem sempre reflete essa vantagem biológica. Uma pesquisa recente revelou que mais da metade dos homens da Geração Z, entre 18 e 24 anos, não conseguem encontrar o clitóris de suas parceiras, o que levanta questões sobre o conhecimento e a educação sexual.
Essa dificuldade não surpreende muitas mulheres, que já vivenciaram momentos frustrantes. A ginecologista Marina Almeida confirma que essa falta de familiaridade com o órgão é comum, e que tanto homens quanto mulheres podem ter dificuldade em localizá-lo.
Mapeando o prazer: Um guia para o corpo feminino
A ginecologista explica que o corpo feminino está repleto de áreas erógenas, com destaque para a vulva, a vagina, os mamilos, as nádegas, o pescoço e as coxas. Essas regiões podem proporcionar grande prazer quando estimuladas corretamente.
Vulva e vagina: Entendendo as diferenças
Marina Almeida ressalta a importância de diferenciar entre vulva e vagina. A vagina é o canal interno, enquanto a vulva é a parte externa, onde se encontra o clitóris. “Na vulva, o clitóris é, sem dúvida, a área mais sensível. Já na vagina, a parede anterior, após a curva do osso do púbis, é conhecida como o ‘ponto G’”, explica a especialista.
Clitóris: O centro do prazer feminino
O clitóris é uma estrutura surpreendente, com mais de 8 mil terminações nervosas e um tamanho total que varia entre 9 e 11 centímetros, embora menos de 1 centímetro seja visível externamente. Marina orienta que, para localizá-lo, basta afastar os grandes lábios da vulva e procurar uma pequena pontinha protegida por um “capuz”. A correta estimulação do clitóris pode gerar uma resposta imediata na parceira.
Como estimular corretamente?
Apesar de muitos não saberem como estimular o clitóris corretamente, isso não deve ser motivo de vergonha. O importante é saber que o órgão é extremamente sensível e requer delicadeza. “A estimulação adequada do clitóris é fundamental para promover a excitação e o orgasmo. Assim como o homem depende da ereção, a mulher precisa de excitação para uma boa lubrificação e desempenho sexual”, finaliza a ginecologista.
A chave para o prazer feminino, portanto, está na comunicação e na exploração conjunta do corpo. Quanto mais conhecimento, mais prazer para ambos os parceiros.