O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e voluntários, deu início ao monitoramento do ciclo reprodutivo das tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa) na região próxima à Ilha do Bananal, no Rio Araguaia. A atividade faz parte do Programa Quelônios da Amazônia (PQA) e é coordenada pela Superintendência do Ibama no Tocantins.
O trabalho começou em agosto, durante a fase de desova das fêmeas, e se estenderá até a eclosão dos ovos e o retorno dos filhotes ao rio, previsto para dezembro. A desova, que geralmente ocorre entre agosto e setembro, depende das condições climáticas e da vazão do rio.
Equipes do PQA estão realizando o monitoramento populacional, identificando praias de desova e capturando fêmeas para marcação e coleta de dados biométricos, como peso e tamanho. Essas tartarugas serão recapturadas posteriormente para estudo de crescimento e migração. Além do monitoramento, ações de conscientização também estão sendo realizadas com pescadores e ribeirinhos para alertar sobre a proibição da pesca e do acesso às praias protegidas.
A tartaruga-da-amazônia, o maior quelônio de água doce da América Latina, pode atingir até 100 cm de comprimento e pesar cerca de 80 kg. Embora seja nativa do rio Amazonas, sua presença é registrada em outros rios, como o Araguaia, onde o programa busca preservar a espécie ameaçada pela ação humana.