O desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), José de Moura Filho, faleceu na manhã desta terça-feira (3), em São Paulo, onde estava internado há alguns meses. A causa da morte não foi divulgada.
José de Moura Filho, natural de Pedro Afonso, ingressou no serviço público em 1966 como Escrivão do Crime, antes de se formar em Direito pela Faculdade Católica de Goiás. Sua carreira na magistratura começou em 1981, após aprovação em concurso público, com seu primeiro cargo na Comarca de Sanclerlândia, em Goiás. Com a criação do Estado do Tocantins, ele foi designado para a Comarca de Miracema e, em 1990, tornou-se o primeiro desembargador a ser empossado em Palmas.
Ao longo de sua trajetória no Judiciário tocantinense, Moura Filho ocupou posições de grande relevância, incluindo a Presidência e a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Tocantins, além da Presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO). Em reconhecimento a seus serviços prestados ao estado, ele foi agraciado com o Título de Cidadão Palmense.
Recentemente, o nome de Moura Filho esteve envolvido na Operação Máximus, deflagrada pela Polícia Federal no dia 23 de agosto, que investigava supostos crimes de venda de sentenças, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa no Poder Judiciário do Tocantins.
Em nota de pesar, o TJTO lamentou a perda do magistrado, destacando seu compromisso com a justiça e sua contribuição em importantes comissões dentro do tribunal. “Aposentado da magistratura desde 2021, José de Moura Filho deixa um legado significativo no Judiciário tocantinense e será lembrado por sua dedicação e integridade. Ele era casado com Maria Edite de Souza Moura e tinha quatro filhos, aos quais prestamos nossas condolências, rogando a Deus que lhes traga conforto nesse momento de profundo pesar”, afirmou o TJTO.
O falecimento de José de Moura Filho marca o fim de uma era no Judiciário do Tocantins, onde ele foi um dos pioneiros e contribuiu para a consolidação da justiça no jovem estado. Seu legado será eternizado na história da magistratura tocantinense.