Parte do núcleo do governo estadual foi atingido pela Operação Máximus, resultando em mudanças significativas na administração pública. O Diário Oficial, publicado nesta terça-feira (27), trouxe a exoneração de Klédson de Moura Lima, que pediu para deixar o cargo de procurador-geral do Estado (PGE). A subprocuradora Irana de Sousa Coêlho Aguiar assumiu o posto, consolidando sua trajetória de décadas no serviço público.
Outra saída importante foi a de Rafael Pereira Parente, que solicitou sua exoneração da Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor, órgão ligado à Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju). Ambos os exonerados estão sob investigação da Polícia Federal no âmbito da Operação Máximus, que apura supostas negociações para compra e venda de decisões judiciais e atos administrativos, além de condutas que visam lavar dinheiro oriundo de práticas criminosas.
Operação Máximus: Contexto e Implicações
A Operação Máximus trouxe à tona uma investigação sobre um esquema de corrupção envolvendo a negociação de decisões judiciais, possivelmente ligadas a processos de regularização fundiária. A operação já resultou no afastamento do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto e do juiz José Maria Lima, além de duas prisões, mas a Polícia Federal mantém em sigilo os detalhes das investigações.
Outros gestores estaduais, como Renato Jayme da Silva, presidente do Naturatins, e Robson Moura Figueiredo Lima, presidente do Instituto de Terras do Tocantins (Itertins), também são alvos da operação, mas permanecem em seus cargos.
Nova Procuradora-Geral: Irana de Sousa Coêlho Aguiar
Com a saída de Klédson de Moura Lima, Irana de Sousa Coêlho Aguiar foi nomeada como nova procuradora-geral do Estado. Servidora desde 1994, Irana já atuava na Procuradoria-Geral desde 1991. Ao longo de sua carreira, ocupou posições de destaque, como coordenadora da Consultoria Especial, coordenadora da Regional Sul e subprocuradora Judicial.
Irana tem vasta experiência na área de Direito Público e é reconhecida por sua trajetória dedicada ao serviço público. Sua nomeação é vista como um passo estratégico para reforçar a integridade e a estabilidade no comando da PGE, em um momento de crise institucional.
O governo estadual, em nota enviada à imprensa, ressaltou a importância da nova procuradora-geral e sua trajetória dentro da PGE, destacando a confiança na sua capacidade de liderar o órgão em tempos desafiadores.
Enquanto as investigações da Operação Máximus avançam, as mudanças na estrutura governamental indicam um esforço para preservar a credibilidade das instituições e garantir que as investigações sigam seu curso, sem interferências.