Geraldo Pereira da Silva Filho e sua esposa, Rosivânia Ribeiro Cunha Silva, que foram investigados pela Polícia Civil em 2019 por suspeita de envolvimento em fraudes em obras públicas, voltaram a ser alvos de uma nova operação policial nesta segunda-feira (26). Desta vez, a ação foi conduzida pela Polícia Federal como parte da Operação Timóteo 6:9, que cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do casal na região central de Palmas. A operação também teve como alvo o ex-governador Mauro Carlesse (Agir).
Geraldo, que em 2019 era superintendente de operações e conservação da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto), foi um dos nomes centrais na Operação Via Avaritia. Na época, a Polícia Civil apreendeu um caderno com anotações comprometedoras durante a investigação de uma fraude em obras públicas no valor de R$ 29 milhões. Em uma das páginas, Rosivânia registrou uma espécie de confissão em forma de oração, onde admitia a participação em crimes: “Somos corruptos e ladrões e queremos justificar nossos pecados”, escreveu ela.
A Operação Timóteo 6:9, realizada nesta segunda-feira, envolve a investigação de supostas fraudes em contratos para a contratação de maquinário pesado e fornecimento de combustíveis pelo governo do estado. Esses contratos, que somam cerca de R$ 10 milhões, estão sob suspeita de pagamentos por serviços que não foram executados integralmente, segundo as apurações da PF.
O prejuízo exato aos cofres públicos ainda não foi divulgado pela Polícia Federal, que segue investigando o esquema e seus impactos. A operação ressalta mais uma vez o envolvimento de figuras centrais da política e administração pública em Tocantins em práticas corruptas, e a complexidade dos esquemas de fraudes envolvendo contratos governamentais.