Um lavrador de 51 anos foi condenado a 14 anos de prisão pelo assassinato a facadas de sua ex-companheira, Leila Lúcia Moreira de Jesus, em Palmeirópolis. A decisão foi proferida na segunda-feira (12) pelo júri popular, que acolheu a tese do Ministério Público e considerou o crime como feminicídio.
O assassinato ocorreu em setembro de 2023, quando Leila e o agressor estavam separados há dois meses após um relacionamento de seis anos. Na noite do crime, o pecuarista foi até a casa da ex-companheira, por volta das 20h, e permaneceu na companhia de amigos. Durante a visita, ele tentou reatar o relacionamento, mas foi rejeitado.
Após a saída dos amigos, Leila também deixou a residência e foi até um bar próximo. Ao retornar para casa, foi surpreendida pelo agressor, que a atacou com três golpes de faca, resultando em sua morte.
O julgamento levou em consideração não apenas a motivação do crime, que foi a recusa de Leila em reatar o relacionamento, mas também as qualificadoras de motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A juíza Emanuela da Cunha Gomes, da Comarca de Palmeirópolis, fixou a pena inicialmente em 12 anos de prisão, mas com os agravantes, a sentença final foi de 14 anos em regime fechado.
O condenado permanecerá preso na unidade prisional de Palmeirópolis enquanto aguarda o julgamento dos recursos da defesa. A juíza decidiu pela manutenção da prisão preventiva, ressaltando que permanecem as mesmas circunstâncias que motivaram a sua decretação.
Ainda cabe recurso da decisão, e a defesa pode apresentar apelação nos próximos dias.